Há muito tempo -talvez desde o longínquo (no tempo) "Estrangeiro"- que Caetano não se aplicava assim para que essa sua (menos cantada) veia voltasse a adquirir visibilidade. Esta evocação de quem deu a vida por um ideal, exclusivamente alimentada pela admiração e pelo respeito pelo semelhante, deita por terra trivialidades (de hoje) como a afinidade ideológica. Mas sobretudo vale -como ouro maciço- pela coragem de mostrar tudo isto a um mundo, do qual a palavra 'ideal' foi, há muito tempo, banida.
("Um Comunista", do álbum "Abraçaço", Caetano Veloso, 2012)
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