Será pouco provável que algum disco, em 2014, venha a exibir superior grau de desenvoltura estética que aquele que assinala a 'estreia oficial' desta notável intérprete de... 'meta-soul'. Porque só o ouvinte desprevenido ou distraído se julgará (e, mesmo assim, por um fugaz instante) na presença de um episódio de (in)disciplina face aos cânones soul-funk-hip-hop-jazz. Na verdade, há, aqui, um -quase involuntário- conceptualismo estético que resulta da plena assimilação de todas as linguagens populares (centrado no, mas não-restrito ao, universo afro-americano), que serve, apenas, de base à sua acção. Já esta escapa a qualquer catalogação, pela impossibilidade absoluta de se afirmar onde terminam as marcas de um idioma e começam as de outro, de tal forma se apresenta apurado o processo de integração dos múltiplos estímulos da contemporaneidade numa nova entidade autónoma. O resto -ou seja, todo o álbum- é mais-valia. Talvez a forma mais evoluida de música soul dos últimos 20 anos tenha acabado de sair do estúdio californiano onde este sueca negra, residente em Londres, foi levada pela sua (nalguns aspectos, forçada) irrequietude existencial. E, porque as suas 'intentions are good', não será ela, por certo, a lançar este aviso à navegação, por onde passa a expressão da sua impensável grandeza: 'Jill Scott, Erykah Badu e Esperanza Spalding, time to work harder!'
Lema
40 Anos a Desfazer Opinião
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terça-feira, 17 de junho de 2014
Uma Maçã Por Dia...
Fatima - Yellow Memories
Será pouco provável que algum disco, em 2014, venha a exibir superior grau de desenvoltura estética que aquele que assinala a 'estreia oficial' desta notável intérprete de... 'meta-soul'. Porque só o ouvinte desprevenido ou distraído se julgará (e, mesmo assim, por um fugaz instante) na presença de um episódio de (in)disciplina face aos cânones soul-funk-hip-hop-jazz. Na verdade, há, aqui, um -quase involuntário- conceptualismo estético que resulta da plena assimilação de todas as linguagens populares (centrado no, mas não-restrito ao, universo afro-americano), que serve, apenas, de base à sua acção. Já esta escapa a qualquer catalogação, pela impossibilidade absoluta de se afirmar onde terminam as marcas de um idioma e começam as de outro, de tal forma se apresenta apurado o processo de integração dos múltiplos estímulos da contemporaneidade numa nova entidade autónoma. O resto -ou seja, todo o álbum- é mais-valia. Talvez a forma mais evoluida de música soul dos últimos 20 anos tenha acabado de sair do estúdio californiano onde este sueca negra, residente em Londres, foi levada pela sua (nalguns aspectos, forçada) irrequietude existencial. E, porque as suas 'intentions are good', não será ela, por certo, a lançar este aviso à navegação, por onde passa a expressão da sua impensável grandeza: 'Jill Scott, Erykah Badu e Esperanza Spalding, time to work harder!'
Será pouco provável que algum disco, em 2014, venha a exibir superior grau de desenvoltura estética que aquele que assinala a 'estreia oficial' desta notável intérprete de... 'meta-soul'. Porque só o ouvinte desprevenido ou distraído se julgará (e, mesmo assim, por um fugaz instante) na presença de um episódio de (in)disciplina face aos cânones soul-funk-hip-hop-jazz. Na verdade, há, aqui, um -quase involuntário- conceptualismo estético que resulta da plena assimilação de todas as linguagens populares (centrado no, mas não-restrito ao, universo afro-americano), que serve, apenas, de base à sua acção. Já esta escapa a qualquer catalogação, pela impossibilidade absoluta de se afirmar onde terminam as marcas de um idioma e começam as de outro, de tal forma se apresenta apurado o processo de integração dos múltiplos estímulos da contemporaneidade numa nova entidade autónoma. O resto -ou seja, todo o álbum- é mais-valia. Talvez a forma mais evoluida de música soul dos últimos 20 anos tenha acabado de sair do estúdio californiano onde este sueca negra, residente em Londres, foi levada pela sua (nalguns aspectos, forçada) irrequietude existencial. E, porque as suas 'intentions are good', não será ela, por certo, a lançar este aviso à navegação, por onde passa a expressão da sua impensável grandeza: 'Jill Scott, Erykah Badu e Esperanza Spalding, time to work harder!'
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