Lema

40 Anos a Desfazer Opinião

terça-feira, 14 de julho de 2015

I Shall Say This Only Once: Ian Simmonds

Há muito tempo que não se lhe ouvia nada assim. Tão categórico como o que de melhor fez em seu nome e tão ambiguamente tranquilo como nas páginas mais ilustres sob o disfarce Juryman. The Sandals pertencem (e por lá continuam) a outra galáxia. Agora, e depois de prolongado refúgio em terras germânicas com travo a saída de cena, regressa com a 'arma' que apimenta o talento e agiganta o seu autor: maturidade. A esse bem que sempre fez a diferença se deve uma segurança de assombrar que só um louco tomaria -no mundo actual- como sinónimo de serenidade.
O novo disco de Ian Simmonds intitula-se The Right Side Of Kind. Pode ser ouvido em escasso número de links. Por exemplo: https://www.youtube.com/watch?v=axCJi2W-aMM

Logo se verá como o registo é outro mas a dimensão estética regressa ao que já foi num dia como este:


7 comentários:

  1. Caro Ricardo,

    Como sugestão de link, o disco pode ser ouvido integralmente aqui (o que estou a fazer neste momento!) :

    https://goldminmusic.bandcamp.com/releases

    Obrigado. Não sabia que tinha saído este disco dele! (O Annabel (Lee), descobri-o há umas semanas por acaso e é fabuloso!)

    Um abraço!

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  2. Obrigado, caro Raul. Logo tentarei incluir esta informação na minha página.
    Um abraço
    Ricardo

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  3. Last States of Nature é um disco que foi capaz de imaginar a música do dia a seguir ao crepúsculo do mundo tal como o conhecemos. Olha-se para a capa, e da matéria já só restam cinzas. Contempla-se a contracapa, e uma noite eterna desce sobre o mundo.

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    1. Spooky, mas bem visto. Não escrevi, na altura, nada de muito diferente. Eram os receios e as incertezas da mudança de milénio...

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  4. Estas palavras foram escritas em 1999. Como adorei, recortei e guardeia-as até hoje. Só são assustadoras para quem não ler o texto completo. “Quando, porém, a música se faz ouvir, o caso muda de figura. Não porque não seja um verdadeiro teatro de sombras mas porque Simmonds não parece disposto a vestir a pelo do último cronista do planeta e prefere extrair da viragem do milénio a ideia de que nenhuma ocasião poderá ser mais propícia para que tudo volte ao principio. Por isso, passa uma esponja sobre a história, enquanto procura reproduzir as cores pálidas do derradeiro entardecer, convoca as formas primitivas da música e prepara-as para um novo dia.”

    Obrigado.

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    1. Obrigado, eu. Ainda bem que existe o papel impresso para lembrar o que da memória quase se desvaneceu. E ainda bem que há quem reponha o passado em cena no momento certo! Um grande abraço

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  5. Faz lembrar tanto o Amon Tobin!... Gostei mesmo! Thanx

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