Dia 18, amanhã, é posta à venda uma 'reedição de luxo' de "Bitches Brew". Mesmo nada havendo como a opção que respeita o formato original, será inevitável reconhecer que se está perante o álbum mais paradigmático da 'fase eléctrica' de Miles Davis. Tanto "In A Silent Way" (a genuína revolução), como "On The Corner" (a genuína profecia), como, ainda, "The Big Fun" (matriz de futuras 'slow jams') são superiores ao objecto aniversariante. O qual, contudo, não só saiu num momento tão certo como "Sgt. Pepper's" como fixou o 'state of the art' de uma nova estética que toda a gente captou à primeira, menos os 'keystone cops' do jazz. Deixando de lado aquilo que lá possa vir anunciado como bónus -e que, segundo o insuspeito, mesmo depois de falecido, Teo Macero, correponde, exactamente, ao que os músicos consideraram 'piece of shit'- continua a ser essencial dar ouvidos a este disco, no qual tudo -no 'novo' espírito de Miles e 'no terreno'- está no seu sítio.
domingo, 17 de maio de 2015
One Bitch Of A Brew
A Tenrura dos Quarenta
Dia 18, amanhã, é posta à venda uma 'reedição de luxo' de "Bitches Brew". Mesmo nada havendo como a opção que respeita o formato original, será inevitável reconhecer que se está perante o álbum mais paradigmático da 'fase eléctrica' de Miles Davis. Tanto "In A Silent Way" (a genuína revolução), como "On The Corner" (a genuína profecia), como, ainda, "The Big Fun" (matriz de futuras 'slow jams') são superiores ao objecto aniversariante. O qual, contudo, não só saiu num momento tão certo como "Sgt. Pepper's" como fixou o 'state of the art' de uma nova estética que toda a gente captou à primeira, menos os 'keystone cops' do jazz. Deixando de lado aquilo que lá possa vir anunciado como bónus -e que, segundo o insuspeito, mesmo depois de falecido, Teo Macero, correponde, exactamente, ao que os músicos consideraram 'piece of shit'- continua a ser essencial dar ouvidos a este disco, no qual tudo -no 'novo' espírito de Miles e 'no terreno'- está no seu sítio.
Dia 18, amanhã, é posta à venda uma 'reedição de luxo' de "Bitches Brew". Mesmo nada havendo como a opção que respeita o formato original, será inevitável reconhecer que se está perante o álbum mais paradigmático da 'fase eléctrica' de Miles Davis. Tanto "In A Silent Way" (a genuína revolução), como "On The Corner" (a genuína profecia), como, ainda, "The Big Fun" (matriz de futuras 'slow jams') são superiores ao objecto aniversariante. O qual, contudo, não só saiu num momento tão certo como "Sgt. Pepper's" como fixou o 'state of the art' de uma nova estética que toda a gente captou à primeira, menos os 'keystone cops' do jazz. Deixando de lado aquilo que lá possa vir anunciado como bónus -e que, segundo o insuspeito, mesmo depois de falecido, Teo Macero, correponde, exactamente, ao que os músicos consideraram 'piece of shit'- continua a ser essencial dar ouvidos a este disco, no qual tudo -no 'novo' espírito de Miles e 'no terreno'- está no seu sítio.
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A música nunca foi uma questão de lógica. No seu melhor costuma ser tão-somente o que vai na alma.
ResponderEliminarQuite right! O que deita por terra, de um só golpe, o 'cerebralismo vanguardista' e as 'estratégias oblíquas' de uma certa 'música do acaso'. :)
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