Por vezes, uma boa dose de atrevimento é necessária para seguir pelo caminho mais simples. Foi assim que, depois da rápida conquista do estatuto de grupo de culto da vanguarda 'cold-wave' ("Reproduction" e "Travelogue"), o simples desmembramento da formação original do grupo de Sheffield representou o alento decisivo para que Philip Oakey dele fizesse o veículo de uma incursão, despudoradamente, mainstream. Atrevimento redobrado, se pensarmos que a 'linha da frente' do pós-punk vivia o momento mais frenético e criativo da sua existência. Tudo ao contrário e fora com ele, portanto? Nem pensar nisso. Com um conceptualismo pop de inexcedível rigor e um conteúdo a transbordar de pérolas ("Open Your Heart", "Seconds", "Love Action", "The Things That Dreams Are Made Of" e, até, a versão do tema de "Get Carter"), Oakey e companhia andaram tão perto do disco pop perfeito como Zombies, Kinks, Animals, Beatles e Stones nos anos 60. Que, hoje, volte a fazer sentido, dirá mais das suas virtudes que das limitações do presente.
Lema
40 Anos a Desfazer Opinião
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Uma Trufa Por Dia,,,
The Human League -Dare
Por vezes, uma boa dose de atrevimento é necessária para seguir pelo caminho mais simples. Foi assim que, depois da rápida conquista do estatuto de grupo de culto da vanguarda 'cold-wave' ("Reproduction" e "Travelogue"), o simples desmembramento da formação original do grupo de Sheffield representou o alento decisivo para que Philip Oakey dele fizesse o veículo de uma incursão, despudoradamente, mainstream. Atrevimento redobrado, se pensarmos que a 'linha da frente' do pós-punk vivia o momento mais frenético e criativo da sua existência. Tudo ao contrário e fora com ele, portanto? Nem pensar nisso. Com um conceptualismo pop de inexcedível rigor e um conteúdo a transbordar de pérolas ("Open Your Heart", "Seconds", "Love Action", "The Things That Dreams Are Made Of" e, até, a versão do tema de "Get Carter"), Oakey e companhia andaram tão perto do disco pop perfeito como Zombies, Kinks, Animals, Beatles e Stones nos anos 60. Que, hoje, volte a fazer sentido, dirá mais das suas virtudes que das limitações do presente.
Por vezes, uma boa dose de atrevimento é necessária para seguir pelo caminho mais simples. Foi assim que, depois da rápida conquista do estatuto de grupo de culto da vanguarda 'cold-wave' ("Reproduction" e "Travelogue"), o simples desmembramento da formação original do grupo de Sheffield representou o alento decisivo para que Philip Oakey dele fizesse o veículo de uma incursão, despudoradamente, mainstream. Atrevimento redobrado, se pensarmos que a 'linha da frente' do pós-punk vivia o momento mais frenético e criativo da sua existência. Tudo ao contrário e fora com ele, portanto? Nem pensar nisso. Com um conceptualismo pop de inexcedível rigor e um conteúdo a transbordar de pérolas ("Open Your Heart", "Seconds", "Love Action", "The Things That Dreams Are Made Of" e, até, a versão do tema de "Get Carter"), Oakey e companhia andaram tão perto do disco pop perfeito como Zombies, Kinks, Animals, Beatles e Stones nos anos 60. Que, hoje, volte a fazer sentido, dirá mais das suas virtudes que das limitações do presente.
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Ouvi o Dare pela primeira vez na sequência de investidas que fiz às colecções de vinil nos quartos dos irmãos mais velhos de amigos. O disco conquistou-me logo nos conselhos da primeira canção "The Things That Dreams Are Made Of". É engraçado como hoje muitos dos meus sonhos e mesmo o conceito da minha felicidade estão tão relacionados com o "atreve-te" daquela canção. Já não o oiço há muitos anos - deve estar perdido no meio da colecção de vinil que ficou em casa dos meus pais. ...ou então foi alvo de outra investida de alguém curioso. Se for esse o caso que lhe faça bom proveito.
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