Sim, 'we definitely can!'. Joana Machado não está para além do Bem e do Mal; mas está, por certo, para além do jazz. Sem qualquer desprimor para os demais briosos activistas nacionais, não será exagero considerar que a cantora vinda da Madeira encontra-se para o jazz global como Maria João Pires para Chopin. Não se trata, apenas, de uma questão de destreza técnica na frente interpretativa mas, sobretudo, de uma inefável mais-valia que só é inteligível pela apreensão do categórico primado de um riquíssimo mundo interior sobre a matéria-prima que lhe é fornecida pelo mundo material. Noutro quadrante, pense-se na Joni Mitchell de "Hejira" -disco que não mergulha em nenhum idioma em particular mas, tão-somente, arranca das profundezas a 'forma da alma' da sua autora. Do melhor que já se fez por cá e daquilo de que o jazz -a nível internacional- necessita para sobreviver como forma de expressão plenamente integrada no mundo contemporâneo. Sintoma inequívoco disso reside nos elogios -ainda que fruto de uma feliz relação profissional- que lhe são dirigidos por gente tão ilustre como Buster Williams, Gary Bartz, Steve Coleman e, até,... Herberto Helder.
Lema
40 Anos a Desfazer Opinião
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Uma Maçã Por Dia...
Joana Machado - Blame It On My Youth
Sim, 'we definitely can!'. Joana Machado não está para além do Bem e do Mal; mas está, por certo, para além do jazz. Sem qualquer desprimor para os demais briosos activistas nacionais, não será exagero considerar que a cantora vinda da Madeira encontra-se para o jazz global como Maria João Pires para Chopin. Não se trata, apenas, de uma questão de destreza técnica na frente interpretativa mas, sobretudo, de uma inefável mais-valia que só é inteligível pela apreensão do categórico primado de um riquíssimo mundo interior sobre a matéria-prima que lhe é fornecida pelo mundo material. Noutro quadrante, pense-se na Joni Mitchell de "Hejira" -disco que não mergulha em nenhum idioma em particular mas, tão-somente, arranca das profundezas a 'forma da alma' da sua autora. Do melhor que já se fez por cá e daquilo de que o jazz -a nível internacional- necessita para sobreviver como forma de expressão plenamente integrada no mundo contemporâneo. Sintoma inequívoco disso reside nos elogios -ainda que fruto de uma feliz relação profissional- que lhe são dirigidos por gente tão ilustre como Buster Williams, Gary Bartz, Steve Coleman e, até,... Herberto Helder.
Sim, 'we definitely can!'. Joana Machado não está para além do Bem e do Mal; mas está, por certo, para além do jazz. Sem qualquer desprimor para os demais briosos activistas nacionais, não será exagero considerar que a cantora vinda da Madeira encontra-se para o jazz global como Maria João Pires para Chopin. Não se trata, apenas, de uma questão de destreza técnica na frente interpretativa mas, sobretudo, de uma inefável mais-valia que só é inteligível pela apreensão do categórico primado de um riquíssimo mundo interior sobre a matéria-prima que lhe é fornecida pelo mundo material. Noutro quadrante, pense-se na Joni Mitchell de "Hejira" -disco que não mergulha em nenhum idioma em particular mas, tão-somente, arranca das profundezas a 'forma da alma' da sua autora. Do melhor que já se fez por cá e daquilo de que o jazz -a nível internacional- necessita para sobreviver como forma de expressão plenamente integrada no mundo contemporâneo. Sintoma inequívoco disso reside nos elogios -ainda que fruto de uma feliz relação profissional- que lhe são dirigidos por gente tão ilustre como Buster Williams, Gary Bartz, Steve Coleman e, até,... Herberto Helder.
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