Depois disto, é bom que qualquer pessoa pense muito bem, antes de dizer que ouviu um disco que o surpreendeu. Ainda que em 'theremin' e 'jews harp' pudesse soar mais estranho, ninguém deverá ficar desiludido quando ouvir "Take Five" em flauta de bambu e harpa. Sobretudo porque essa é, apenas, a porta de entrada para o mundo deste virtuoso japonês, ocupado que estava em trazer até si a música 'radio-friendly' de 1970. Qualquer coisa que, na altura, o melómano-no-seu-perfeito-juízo teria ignorado pelo que os originais já lhe davam que fazer -o mesmo que tropeçar na música do "White Album", por Ramsey Lewis, numa adaptação que só hoje adquire sentido. Outro tanto sucede com esta simbiose perfeita de instrumentos da tradição nipónica e célebres 'peças de artilharia' ocidentais (órgão Hammond, sintetizadores e percussão), de cujas manobras sobressaem formas inovadoras de expressão e, sobretudo, um sentido do groove de tal modo apurado que chega a sugerir um disco de hip-hop-jazz nascido antes daqueles que lhe deram expressão. Inventivo e brilhante.
Lema
40 Anos a Desfazer Opinião
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Uma Trufa Por Dia...
Minoru Muraoka - Bamboo
Depois disto, é bom que qualquer pessoa pense muito bem, antes de dizer que ouviu um disco que o surpreendeu. Ainda que em 'theremin' e 'jews harp' pudesse soar mais estranho, ninguém deverá ficar desiludido quando ouvir "Take Five" em flauta de bambu e harpa. Sobretudo porque essa é, apenas, a porta de entrada para o mundo deste virtuoso japonês, ocupado que estava em trazer até si a música 'radio-friendly' de 1970. Qualquer coisa que, na altura, o melómano-no-seu-perfeito-juízo teria ignorado pelo que os originais já lhe davam que fazer -o mesmo que tropeçar na música do "White Album", por Ramsey Lewis, numa adaptação que só hoje adquire sentido. Outro tanto sucede com esta simbiose perfeita de instrumentos da tradição nipónica e célebres 'peças de artilharia' ocidentais (órgão Hammond, sintetizadores e percussão), de cujas manobras sobressaem formas inovadoras de expressão e, sobretudo, um sentido do groove de tal modo apurado que chega a sugerir um disco de hip-hop-jazz nascido antes daqueles que lhe deram expressão. Inventivo e brilhante.
Depois disto, é bom que qualquer pessoa pense muito bem, antes de dizer que ouviu um disco que o surpreendeu. Ainda que em 'theremin' e 'jews harp' pudesse soar mais estranho, ninguém deverá ficar desiludido quando ouvir "Take Five" em flauta de bambu e harpa. Sobretudo porque essa é, apenas, a porta de entrada para o mundo deste virtuoso japonês, ocupado que estava em trazer até si a música 'radio-friendly' de 1970. Qualquer coisa que, na altura, o melómano-no-seu-perfeito-juízo teria ignorado pelo que os originais já lhe davam que fazer -o mesmo que tropeçar na música do "White Album", por Ramsey Lewis, numa adaptação que só hoje adquire sentido. Outro tanto sucede com esta simbiose perfeita de instrumentos da tradição nipónica e célebres 'peças de artilharia' ocidentais (órgão Hammond, sintetizadores e percussão), de cujas manobras sobressaem formas inovadoras de expressão e, sobretudo, um sentido do groove de tal modo apurado que chega a sugerir um disco de hip-hop-jazz nascido antes daqueles que lhe deram expressão. Inventivo e brilhante.
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