Antes da entrada na sua fase dogmática, a chamada MPB foi um aliciante movimento estético pós-tropicalista. Lamentavelmente, a sua plena difusão em Portugal coincidiu, por inteiro, com o período da 'agonia anunciada'. Mas nunca é tarde para descobrir o que permaneceu na semi-obscuridade. Sobretudo agora que a música tem em cada melómano um potencial 'digger'. A fase de ouro da MPB -1972/77, com alguma margem de erro- caracterizava-se por uma empolgante interactividade voz-instrumentos no quadro de uma abertura estilística marcada pela expansão aos mundos do jazz, de África e da América Latina (o conceito de 'americanidade', celebrado por Milton). Novos 'pontos de apoio' para uma linguagem que já se banhava na pop herdada do tropicalismo sem nunca esquecer o património nacional. Milton Nascimento, Taiguara, Arthur Verocai, Egberto Gismonti (discografia brasileira), Gal Costa, Caetano Veloso, Lô Borges, Luiz Gonzaga Jr., Hermeto Pascoal, João Bosco e Ivan Lins são alguns dos nomes aos quais se ficou a dever, pelo menos, um disco magistral. Embora haja 4 ou 5 álbuns notáveis para recuperar do autor de "Madalena" (por meio da qual Elis Regina deu a conhecê-lo ao Brasil), este álbum agora reeditado talvez correponda ao momento em que as virtudes do movimento convergiram, em pleno, para a sua música.
Lema
40 Anos a Desfazer Opinião
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Uma Trufa Por Dia...
Ivan Lins - Somos Todos Iguais Nesta Noite
Antes da entrada na sua fase dogmática, a chamada MPB foi um aliciante movimento estético pós-tropicalista. Lamentavelmente, a sua plena difusão em Portugal coincidiu, por inteiro, com o período da 'agonia anunciada'. Mas nunca é tarde para descobrir o que permaneceu na semi-obscuridade. Sobretudo agora que a música tem em cada melómano um potencial 'digger'. A fase de ouro da MPB -1972/77, com alguma margem de erro- caracterizava-se por uma empolgante interactividade voz-instrumentos no quadro de uma abertura estilística marcada pela expansão aos mundos do jazz, de África e da América Latina (o conceito de 'americanidade', celebrado por Milton). Novos 'pontos de apoio' para uma linguagem que já se banhava na pop herdada do tropicalismo sem nunca esquecer o património nacional. Milton Nascimento, Taiguara, Arthur Verocai, Egberto Gismonti (discografia brasileira), Gal Costa, Caetano Veloso, Lô Borges, Luiz Gonzaga Jr., Hermeto Pascoal, João Bosco e Ivan Lins são alguns dos nomes aos quais se ficou a dever, pelo menos, um disco magistral. Embora haja 4 ou 5 álbuns notáveis para recuperar do autor de "Madalena" (por meio da qual Elis Regina deu a conhecê-lo ao Brasil), este álbum agora reeditado talvez correponda ao momento em que as virtudes do movimento convergiram, em pleno, para a sua música.
Antes da entrada na sua fase dogmática, a chamada MPB foi um aliciante movimento estético pós-tropicalista. Lamentavelmente, a sua plena difusão em Portugal coincidiu, por inteiro, com o período da 'agonia anunciada'. Mas nunca é tarde para descobrir o que permaneceu na semi-obscuridade. Sobretudo agora que a música tem em cada melómano um potencial 'digger'. A fase de ouro da MPB -1972/77, com alguma margem de erro- caracterizava-se por uma empolgante interactividade voz-instrumentos no quadro de uma abertura estilística marcada pela expansão aos mundos do jazz, de África e da América Latina (o conceito de 'americanidade', celebrado por Milton). Novos 'pontos de apoio' para uma linguagem que já se banhava na pop herdada do tropicalismo sem nunca esquecer o património nacional. Milton Nascimento, Taiguara, Arthur Verocai, Egberto Gismonti (discografia brasileira), Gal Costa, Caetano Veloso, Lô Borges, Luiz Gonzaga Jr., Hermeto Pascoal, João Bosco e Ivan Lins são alguns dos nomes aos quais se ficou a dever, pelo menos, um disco magistral. Embora haja 4 ou 5 álbuns notáveis para recuperar do autor de "Madalena" (por meio da qual Elis Regina deu a conhecê-lo ao Brasil), este álbum agora reeditado talvez correponda ao momento em que as virtudes do movimento convergiram, em pleno, para a sua música.
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